Claro de Luna

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O hipócrita




Pus-me a sorrir,
Quando ela debruçada ao meu corpo
Ofereceu-me tal recompensa...
Amor...
Pela primeira vez a olhei estapafúrdio
Diferentemente dos outros verões
Aos quais eu, como homem
Comprometia-me somente a satisfação
De meus desejos.

(nunca mais a vi com os mesmos olhos serenos)

Indagava-me com toda sua força
Uma resposta com um simples gesto, um olhar, um sorriso...
...uma blasfêmia.
Petrifiquei-me diante de tal revelação tão absurda
Ao meu espírito aventureiro.
Deveria eu então sair
Sem nunca dar-lhe uma resposta,
Levantar-me, caminhar sem olhar para traz.

(o mais sensato pareceu ocorrer-me aos relâmpagos)

Porem algo além de mim
Prendia o meu eu ao dela.
Não interroguei-me em momento algum
Ao qual ou a que estava subordinado.
Aos solavancos reentreguei-me ao martírio
Sufocante que uma única palavra me submeteu.
Amor?...(indagou-me ela com sua voz esperançosa)

(dês desse dia nunca mais invadimos um a alma do outro,
Mal nos olhávamos.....paraiva sempre a mesma frase quando nos Encontrávamos.)

Amor?......
...não, obrigado!...

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