Claro de Luna
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
sacrifice
Não atenuei sua massa cinzenta corpórea,
A desejei em espasmos distantes
Como quem ama só por contemplar o findar milagroso do dia.
Por variadas e insanas vezes
Quis tornar-me um sorriso, uma lembrança, um desejo qualquer nas jardas de sua vida.
Não me comportei a vertigem alguma
Se não de tela por um breve espaçamento de tempo e meus longínquos rastros.
Acalentei-me nos teus sonhos,
Como quem espiona um inimigo mortal.
Vi em testemunho seu bradar, lacrimejar, seus dias de ódio e fúria
Assim como os incisivos planos, o gozo terrestre e os arcanjos mimos e ternuras.
Abneguei minha opacidade e a exatidão tão efêmera
Que me alastrava a desértica alma em honra ao teu nome.
Busquei os floridos jardins invés das masmorras úmidas.
Fiz do meu medo tua ponte.
E por quantas vezes foi prenunciada a lastima em meu colo abafando seus soluços
Por outra alma estapafúrdia
Eu a levei ao porto quando quis partir...
E assisti mudo...
Estático enquanto minha alma se desvencilhava de meu corpo.
Afeiçoei-me a sua existência.
E você nunca o saberá.
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