Claro de Luna

sábado, 14 de junho de 2008

A vida como ela é


Manhã de cinzas...
Cheiro desesperançoso do dia passado que não se findou
E agoniza de dor pelo novo dia que começou.
O vento entra janela adentro
Assoprando e dando vida as cortinas da desgraça
Que antes eram da vida,
Lembrado aos moveis cegos
O quanto lutam os sorrisos cada dia para nascer.
A mascara posta a mesa
Que todos os dias a de vir viver
Tirada todas as noites para o rosto verdadeiro
O dono poder voltar a crer.
A escuridão e o vazio
São os verdadeiros inimigos
Sendo que nunca os espere
Mesmo sabendo que um deles possa já ser um delírio.
O pó do tédio contamina as poucas alegrias do dia
Algumas palavras perdidas...
Outras que nem que custasse a vida
Haveria de dizer se não a si
Como um delírio frenético endoidando-se de si
Para não enlouquecer.(o mundo pode ser um péssimo medico).
Esperança,paz,amor,amizade,alegria e ternura
Esses e outros sentimentos que já nem sei como são seus gostos,
Todos vendidos a culpa.
Basta olhar o mundo
Para ver que todos se tornaram grandes e inúteis jaros de enfeite...(as amaras doem em todos os peitos)
No corredor: ouvem-se os passos.
La vem o enfermeiro
Desse terrível manicômio.
Antonio Soares

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