Claro de Luna

segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Não quero o ofuscar das câmeras
Ou aplausos dos bem queridos,
Nem quero esperar morrer afogado em saliva
Como os poetas reprimidos
Pela suposta liberdade.
Não espero ter esse dom
Ao qual muitos se atiram,
(a ilusão sempre vejo
E é dela que se alimentam os famintos)
Não quero nada que me conporte,
Não me convem consolo.
Espere de mim o que o nada oferece,
Tão quanto espero de todos.
Nada espero...
...nada...
Pois esperar é se manter, crer, aguardar... prevalecer
Não existe nada em mim que se mantenha...
Não creio nos sonhos que me anseia...
Não aguardo se não pelo anoitecer de meus dias...
Não prevaleço sobre nem uma circunstancia
(minhas palavras apodrecem e caem...)
Nada anseio meu olhar é estático pálido e frio...
Apenas grito...
Em um abismo profundo.
Antonio Soares

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