Claro de Luna

sábado, 24 de abril de 2010

Apartir de hoje postarei ideias e pensamentos tambem.



Não sei por que meus dias são orquestrados, sinto uma efêmera dor que me traga por dentro.
Sinto-me vazio, vazio de mim.
Sempre pondera-me o tempo como perdido, eu perdendo a linha de mim mesmo.
É como perder um trem e velo avassalar estrada a fora.
Às vezes quase por sempre sinto-me prisão, cárcere de minha alma.
Posso ser o arquiteto de minha desventura, não nego minha culpa em ter entrado nesse caldeirão alucinógeno de solidão. Apenas gostaria que alguém ouvisse que me dói demasiadamente esse percalço.
Se alguém tiver a oportunidade de se livrar desse inquilino por horas estapafúrdio: Livre-se
Não torne-se um promontório desolado e incoercível como Eu.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Lonely


Encontrei-me revirando as cartas que não fiz
As fotos que não tiramos
Os risos que não demos.
Eu observei a efêmera latência que desprendia de meu peito
E se desritimava ao som de seus passos longínquos.
Eu abneguei minha dor em busca de algo mais alucinógeno que a anciã de seu regresso.
Contei aos corvos a visceral magoa dos meus dias, a ampulheta que rege o sorriso macabro do silencio dos mortos.
Escrevi historias vigentes de medo.
Compunha amor, amor desmedido.
Quis amar a quem não tinha...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Posologia


E se paro e não sigo,
Se sigo não fardo
Fardo a fadiga
Em um fungo: eu pasmo.
Se me queixo na beira,
Beirando um sonho,
Nas vésperas asneiras
De um clero de sonsos.
Delírio escrito?
Numa lira corrida, estampida, antilhada,
Que muda de forma e ninguém me lê nada.
Holocausto, cadê meu rotulo?
Rotula-me alguma mentira,
Dos dias de gloria
Das horas da rima...de rima....de ripa...de cina...
(Cesário perdoa esse homem por seu campanário!)
Ai de engolir o breu o Adeus,
Assim saberei quando arde,
Ou quando tardamos a falha,
Se falha a malha torta que torço
Diz-me que não é a bandeira desse Pais.
Vai! Punge onde beija os santos montes dos mouros
Um lugar onde não se pode jazer-se.
Manter por sua própria fome, a lei que perjurou em blasfêmia...
Efêmero se torna o principio...
Ordem! Ordem! Pede-nos a clemência.
Na ordem incessante de ecídios; vem que é tempo de afogar em aplausos.
Verde amarela vinde mortalha,
Rasga ainda esse cérebro de marfim,
Rompe essa lapide de talhas,
Mostra o terror aos querubins.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Prognostic


Amar e sobre esta condição aristocrata
Mantelos colecionáveis e sempre pulsantes, vibrantes a corda que lhes tire o ar.
Querer tornar-se amável e nunca amar ninguém.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sinopse


Olhando meu relógio estadista
Observei atento a ampulheta de meu tempo corrosivo,
Percebi que sempre precisei de tempo
E minha vida nunca me deu ouvidos.
Eu chorei quando mais perecia a angustia,
O vasio de nunca ter se sentido.
(Afinal qual das horas ingratas da vida...
o homem pode ser jugado vencido?)
Calamidade de vida contemporânea,
ou a fadiga de um auspicio antigo?.
Derramei essa taça salobra de sanidade
As minhas quimeras ensandecidas de sede.
Ameigei uma cura ineficavel, a uma antítese coagulada estridente.
Prostei meu escárnio na face
A dor que me agoura no peito,
Enquanto todos renascem na alegria de uma ilusão imutável
Eu aos solavancos me junto entre destroços, os cacos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Versejo VIII


Era manha quando dei por falta de mim,
Vi o que havia restado se não magoa industrialmente conservada
E minha cólera naufragada em minhas rimas.
Eu quis amar, sendo que do homem é furtiva essa busca insana
A qual não saciada esvaece-se aos poucos a alegria.
Eu como promontório ao qual me tornei fatigado
pelas escolhas de um caminho ao qual abdiquei,
Desejei um velório justo ao que um dia acreditei ser eu.
Não gritei em frenesia quando todos partiram,
pois já me era esperado as Antilhas solitárias
aos quais muitos foram amaldiçoados
por querer mais do que deviam...amor.
O que resta a uma tempora destilada e mórbida
que não saliva em estase de vida?
(sendo que tudo que morre um dia vinga...)
Acredito que aquela sim, foi minha primeira manhã,
Ao qual sentir-me como veras ser a verdade:
Matéria, tempo e espaço vazios,
perdido em um mundo de espasmos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

sacrifice


Não atenuei sua massa cinzenta corpórea,
A desejei em espasmos distantes
Como quem ama só por contemplar o findar milagroso do dia.
Por variadas e insanas vezes
Quis tornar-me um sorriso, uma lembrança, um desejo qualquer nas jardas de sua vida.
Não me comportei a vertigem alguma
Se não de tela por um breve espaçamento de tempo e meus longínquos rastros.
Acalentei-me nos teus sonhos,
Como quem espiona um inimigo mortal.
Vi em testemunho seu bradar, lacrimejar, seus dias de ódio e fúria
Assim como os incisivos planos, o gozo terrestre e os arcanjos mimos e ternuras.
Abneguei minha opacidade e a exatidão tão efêmera
Que me alastrava a desértica alma em honra ao teu nome.
Busquei os floridos jardins invés das masmorras úmidas.
Fiz do meu medo tua ponte.
E por quantas vezes foi prenunciada a lastima em meu colo abafando seus soluços
Por outra alma estapafúrdia
Eu a levei ao porto quando quis partir...
E assisti mudo...
Estático enquanto minha alma se desvencilhava de meu corpo.
Afeiçoei-me a sua existência.
E você nunca o saberá.