Claro de Luna

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Versejo VIII


Era manha quando dei por falta de mim,
Vi o que havia restado se não magoa industrialmente conservada
E minha cólera naufragada em minhas rimas.
Eu quis amar, sendo que do homem é furtiva essa busca insana
A qual não saciada esvaece-se aos poucos a alegria.
Eu como promontório ao qual me tornei fatigado
pelas escolhas de um caminho ao qual abdiquei,
Desejei um velório justo ao que um dia acreditei ser eu.
Não gritei em frenesia quando todos partiram,
pois já me era esperado as Antilhas solitárias
aos quais muitos foram amaldiçoados
por querer mais do que deviam...amor.
O que resta a uma tempora destilada e mórbida
que não saliva em estase de vida?
(sendo que tudo que morre um dia vinga...)
Acredito que aquela sim, foi minha primeira manhã,
Ao qual sentir-me como veras ser a verdade:
Matéria, tempo e espaço vazios,
perdido em um mundo de espasmos.

2 comentários:

Lenda. disse...

Valeu Toni.
Você tem grande sensibilidade.
Lenda.

Unknown disse...

um gênio vc toi, vou aproveitar vc agora pq daqui a pouco o mundo te descobri ai vira artista e esquece dos pobres.. BJAUMMM DE + VC