Claro de Luna

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ébrio





Quando em minha alvorada vier devotar-me o amor,
Manda-o ir embora, pois já me açoita o balaustre.
Diga a esse impostor que é demasiada tardia o vingar de sua antologia bipolar.
(De certo que me fizeste falta,
Em outras primaveras sombrias.)
Traga-me a ave agourenta dos segundos
Onde os corvos banquetearam sobre as disipulas dores maciças,
Para que liberto eu possa vangloriarme dessa despedida.
Que eu, cárcere de minha alma, possa enfim amar incondicionalmente a alma devaneia.
Que os bons ventos o tragão a minha estância
E que em meu âmago seja feito o seu lar.
Bem dizidos são aqueles que sobre suas incostancias
Encontran-se elevados nas trombetas celestiais do amor.

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