Claro de Luna

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Alone


Foi na conturbação dos dias que exalei de sua essência
E compassei-me em ser sua sombra em um amor profundo.
Tantas lagrimas tombarão pelo fim sem um começo
Ao qual lhe entreguei segredos, juras, promessas...
Por quantas vezes contamos estrelas juntos
Traçando caminhos entre os cometas
Em nosso amor singelo e puro.
Foi-se o enredo quando disse que partiria,
Levando consigo o melhor de meus dias...
Uma casa vazia...
Um quarto ameno...
Uma peça de roupa esquecida no varal
(justo a que presenteei-lhe no dia do nosso aniversário).
Minhas despedidas se tornaram maiores que as madrugadas
As quais me pego sentindo seu corpo febril em meu lascivo leito.
(A solidão de minhas palavras engoliu todos os meus momentos.)
Nossos retratos me condenam
Pelo vazio dos artifícios e o sorriso temporão
Quando olhos o pó nos moveis desertos.
Todas as noites quando me deito
Escuto sua voz por toda a casa,
A madrugada me desperta e procuro-te
Entre as gélidas montanhas dos lençóis
Mas somente seu retrato na cabeceira é o consolo
E o relato de um amor que um dia viveu.

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